Cosméticos, Cosmecêuticos e Dermocosméticos, uma sopa de letrinhas. Você decidiu dar um passo importante para cuidar melhor da sua pele, mas está se sentindo perdido sem saber por onde começar? Você não está sozinho nessa jornada.
Com tantos termos e uma infinidade de produtos disponíveis no mercado, pode ser desafiador entender o que seria mais benéfico para incluir em sua rotina de cuidados. Neste texto, vamos começar a explorar algumas terminologias e definições que você provavelmente já viu por aí e ficou sem saber o que era. Esse início da jornada na escolha dos melhores produtos para a saúde da sua pele. Vamos descomplicar a linguagem do skincare juntos!
Cosméticos, Cosmecêuticos e Dermocosméticos
Em linhas gerais, tudo a mesma coisa!
O Dr. Albert Kligman, da Universidade da Pensilvânia, introduziu pela primeira vez o termo “cosmecêutico” em 1984. Ele o utilizou para descrever uma categoria de produtos que se situava entre o âmbito dos cosméticos e dos produtos farmacêuticos. Na perspectiva de Kligman, esses produtos não se enquadravam estritamente na categoria de cosméticos, uma vez que ultrapassavam a função puramente estética. Em vez disso, eles continham ingredientes biologicamente ativos destinados a proporcionar benefícios médicos, embora não se caracterizassem como medicamentos.
É relevante notar que, apesar de sua origem, o termo “cosmecêutico” não é reconhecido por órgãos regulamentadores e carece de validade legal. Ainda assim, a indústria cosmética incorporou amplamente essa expressão e popularizou o termo para se referir a produtos que, embora classificados como cosméticos, oferecem benefícios medicinais e que se propõe a agir de forma terapêutica capaz de afetar positivamente a pele além do momento de sua aplicação.
O termo “dermocosmético”, por sua vez, emergiu como um possível sinônimo de “cosmecêutico”. No entanto, vale destacar que também não é um termo oficial reconhecido.
Enfim, não há um consenso claro e unificado sobre a definição exata desses termos, e suas interpretações podem variar de acordo com o contexto na indústria cosmética, farmacêutica e as estratégias de marketing associadas a elas.
De acordo com a definição conferida pela legislação brasileira vigente, a classe de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são “preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado.”
A nível de informação, a Anvisa só difere essa classe de produtos em dois grupos: Grau 1 e Grau 2.
Produtos Grau I: “são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes (..)que se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto“.
Produtos Grau II: “são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes (…) que possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso“.
Há uma listagem discriminando quais os produtos de grau 1 e de grau 2, você pode acessar em: https://www.gov.br/anvisa/
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Até o próximo post 🙂
Leia também:
Fontes:
FDA – Food and Drug Administration – US
Dabre PD. Personal Care Products and Human Health – Chapter 4 Cosmeceuticals. Academic Press, 2023, Pages 79-95.
Pandey A, Jatana GK, Sonthalia S. Cosmeceuticals. 2023 Aug 7. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2023 Jan –. PMID: 31334943.